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Xavier, Francisco Cândido. Da obra:
Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

O Alimento Espiritual
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O professor lutava na escola com um grande
problema.
Os alunos começaram a ler muitas histórias de homens maus, de roubos e
de
crimes e passaram a viver em plena insubordinação.
Queriam imitar aventureiros e malfeitores e, em razão disso, na escola e
em
casa apresentavam péssimo comportamento.
Alguns pronunciavam palavrões, julgando-se bem-educados, e outros
se
entregavam a brinquedos de mau gosto, acreditando que assim mostravam
superioridade e inteligência.
Esqueciam-se dos bons livros.
Zombavam dos bons conselhos.
O professor, em vista disso, certo dia reuniu todas as classes para a
merenda costumeira, apresentando-se uma surpresa esquisita.
Os pratos estavam cheios de coisas impróprias, tais como pães envolvidos
em lama,
doces com batatas podres, pedaços de maçãs com tomates deteriorados
e geléias
misturadas com fel e pimenta.
Os meninos revoltados gritavam contra o que viam, mas o velho educador
pediu silêncio
e, tomando a palavra, disse-lhes:
- Meus filhos, se não podemos dispensar o alimento puro a benefício do
corpo, precisamos
também de alimento sadio para a nossa alma. O pão garante
a nossa energia física,
a leitura é a fonte de nossa vida espiritual. Os
maus livros, as reportagens infelizes
as difamações e as aventuras
criminosas representam substâncias apodrecidas que nós
absorvemos,
envenenando a vida mental e prejudicando-nos a conduta.
Se gostamos das
refeições saborosas que auxiliam a conservação de nossa saúde,
procuremos
também as páginas que cooperam na defesa de nossa harmonia interior,
a fim
de nunca fugirmos ao correto procedimento.
Com essa preleção, a hora da merenda foi encerrada.
Os alunos retiraram-se cabisbaixos.
E, pouco a pouco, a vida dos meninos foi sendo retificada, modificando-se
para melhor. |
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Amor Fraternal
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"Permaneça o amor fraternal."
Paulo (Hebreus, 13:1)
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As afeições familiares, os laços consangüíneos, as
simpatias naturais podem ser manifestações muitos santas da alma, quando a criatura
as eleva no altar do sentimento superior, contudo, é razoável que o espírito
não venha a cair sob o peso das inclinações próprias.
O equilíbrio é a posição ideal.
Por demasia de cuidado, inúmeros pais prejudicam os filhos.
Por excesso de preocupações, muitos cônjuges descem às cavernas do desespero,
defrontados pelos insaciáveis monstros do ciúme que lhes aniquilam a felicidade.
Em razão da invigilância, belas amizades terminam em abismo de sombra.
O apelo evangélico, por isto mesmo, reveste-se de imensa importância.
A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.
O homem que se sente filho de Deus e sincero irmão das criaturas não é vítima
dos fantasmas do despeito, da inveja, da ambição, da desconfiança. Os que se
amam fraternalmente alegram-se com o júbilo dos companheiros; sentem-se felizes
com a ventura que lhes visita os semelhantes.
Afeições violentas, comumente conhecidas na Terra, passam vulcânicas e inúteis.
Na teia das reencarnações, os títulos afetivos modificam-se constantemente.
É que o amor fraternal, sublime e puro, representando o objetivo supremo do
esforço de compreensão, é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno.
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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pão Nosso.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
17a edição. Lição 141. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. |
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